terça-feira, junho 14, 2011

Começar recomeçando




Porque a vida é feita de começos e recomeços...
O primeiro olhar não significa o mais intenso.
O primeiro beijo não significa o melhor.
O primeiro homem ou mulher não significa o mais marcante.
Porque a vida é feita de começos e recomeços...
O primeiro abraço não significa o mais sentido.
O primeiro amigo não significa o único.
A primeira bebedeira não significa a pior.
Porque a vida é feita de começos e recomeços...
A primeira nega não significa a derrota.
O primeiro emprego não significa a estabilidade.
O primeiro salário não significa a riqueza.
Porque a vida é feita de começos e recomeços...
A primeira queda não significa a mais dolorosa.
A primeira lágrima não significa a mais triste.
A primeira desilusão não significa a última.
Porque a vida é feita de começos e recomeços...
Vale a pena cair...
só pelo simples facto de nos podermos levantar
e começar tudo de novo...

original de 18.outubro.2006
reeditado para 25.setembro.2010

o mais importante

"O MAIS IMPORTANTE NA VIDA DUMA MULHER
NÃO É O PRIMEIRO HOMEM,
MAS O ÚLTIMO E DEFINITIVO."

Rendida












Por vezes desejo caminhar sozinha
sem ninguém a seguir os meus passos
Perdida no mundo
Perdida no nada
Sem ninguém a comandar o meu coração
Os meus pensamentos
A minha vontade de viver

Por vezes desejo não ansiar o final do dia
para não ter que correr para os teus braços
para não me enroscar em ti
Para não me deixar encantar
pelas tuas palavras doces
Pelo teu toque
Pelo teu cheiro
Pelo teu olhar

Mas não consigo

Já me rendi
a ti...

SOU TUA

Maio.2008

Satisfação

Irrompes o meu sono de mansinho
e tocas-me ao teu ritmo
Não resisto

Entras em mim
e percorres-me com o teu olhar
Observas-me
e sorris
Retribuo

Páras
e voltas a fitar-me
Fecho os olhos
e penetro no escuro
Um sem-fim de emoções
passeiam pelo meu corpo
Já não consigo parar

Silêncio
Mais uma troca de sorrisos

A ansiedade dá lugar à saciedade
à satisfação
ao puro e lascivo prazer

Contemplo o vazio
Mil pensamentos invadem o meu cérebro
E não deixo de pensar
que há vida depois da vida
e amor
depois de te amar

Abril.2008

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Tentação

Nesta noite de lua cheia
vou ceder à tentação
Lentamente
permito que as pálpebras se fechem
E deixo-me levar
Levar por tudo e por nada
por pensamentos, sentimentos e desejos
De novo sozinha
de novo a viver para mim
A pensar em todos e em ninguém

Abro os olhos
E sorrio

Sinto que não estou tão sozinha

Algures...
alguém também está a pensar em mim
18.Novembro.2007

quarta-feira, outubro 10, 2007

Coração frágil

Penso em ti
e as lágrimas caem
ardem ao rolar sobre o rosto
e escorregam em direcção ao meu coração,
frágil e sofrido,
repleto de marcas e cicatrizes
algumas com o teu nome...

(as mais recentes)
10.Outubro.2007

Já não te quero

Já não anseio o teu regresso
Já não quero que voltes
deixaste de me fazer falta
Em mim sinto um vazio
provocado pela tua presença
que me fazia sentir invisível
Pela tua indiferença
que me fazia sentir indesejada
Pelas tuas contradições
que me deixavam desconcertada
magoada e ferida
trsite por me sentir só
debaixo do mesmo tecto que tu
A cama ficou fria
mesmo contigo a meu lado
O teu sorriso já não me ilumina
e o teu abraço gelou
Foram muitos os segundos,
minutos
horas
dias
e meses...
Sentia-me a pagar por um pecado que não cometi
Foi dura a minha penitência...
e longa
Continuo a considerar-me inocente
e consciente de que fiz tudo o que estava ao meu alcance
Mas esta é uma história sem culpados
Uma história, apesar de tudo, feliz
Mas com um fim inesperado
(ou não)
Talvez seja altura de partir para outra etapa
Para outro ciclo
Provavelmente este também já fechou...

10.Outubro.2007

terça-feira, outubro 09, 2007

Life goes on

Há coisas (histórias) que foram feitas para durar o tempo necessário...

quinta-feira, março 22, 2007

Na devassidão da noite

Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Inverno
Os corpos frios que rapidamente se aquecem
Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Primavera
Em que o calor desponta
e os corpos não se querem descolar
Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Verão
Os corpos escaldantes, suados, escorregadios
Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Outono
Em que o frio recomeça
E os corpos se enrolam um no outro
reiniciando um ciclo vicioso
de abraços e apertos
de beijos e gemidos
num cenário de devassidão
tendo a noite como testemunha
Março.2007

segunda-feira, outubro 09, 2006

Iluminada











Sem ti estou perdida
e contigo também
Sem ti perco-me
e perco-me contigo
Longe de ti não me encontro
perto de ti consigo encontrar-me
Contigo oriento-me
e junto a ti desoriento-me
Na tua presença desencaminho-me
e sob a tua orientação encontro o caminho

É bom saber que,
por um lado,
sinto que me iluminas
e, por outro,
me cegas na devassidão

09.Outubro.2006

sexta-feira, setembro 01, 2006

Do meu lado esquerdo

Do meu lado esquerdo
Sinto o meu coração
um coração que bate por ti
Do meu lado esquerdo
Caminhas junto a mim na rua
enquanto seguras na minha mão
A mesma mão que traz no anelar
o sêlo do nosso pacto
(A mão esquerda)
Do meu lado esquerdo
Na cama
Sinto a tua respiração
a roçar no meu pescoço
enquanto dormes
e te vais aproximando de mim
E com a tua mão esquerda
puxas-me para junto de ti
Encostas-me à tua perna esquerda
que acabas por envolver nas minhas pernas também
Atando-me num nó cego
Prisioneira...
Soltas-me depois
Quando já me sentes dominada
completamente inebriada
e entorpecida
Aproveitas-te do meu estado alucinatório
para pôr fim à tua própria loucura
Terminas com um beijo ofegante
mas tranquilo
que sinto passar ao de leve na minha nuca
E deixas-te desfalecer
adormecendo de novo
Do meu lado esquerdo

01.Setembro.2006

segunda-feira, julho 03, 2006

Ansiosa pelo teu regresso












Voltei a sonhar contigo
Quanto menos falta para nos voltarmos ver
mais angustiada fico
Não suporto esta espera
E não consigo parar de pensar em ti
Sonhei que entravas no meu quarto
(enquanto eu dormia)
e que te deitavas juntinho a mim
(sem me acordar)
simplesmente a ver-me dormir
a observar-me
e a zelar pelo meu sono
Maravilhoso...
sentir que estavas tão perto
e, na verdade, tão longe
Sinto um aperto no coração
sempre que penso nisso
Estou já em contagem decrescente
e ansiosa pelo teu regresso
Agora que sei o dia em que estás de volta
Só me vejo a saltar para o teu colo
enrolar-me no teu pescoço
e encher-te de beijos
Nesse dia receio que não vou coseguir descolar-me de ti
Vou comportar-me como uma verdadeira lapa :)
Já quase não suporto as saudades...
Mas sei que agora falta pouco
Fica bem meu amor
Até ao teu regresso

03.Julho.2006

terça-feira, junho 27, 2006

Mar das Caraíbas

Esta noite
sonhei com o mar das Caraíbas
Lembras-te?
A praia apinhada de gente...
(até coro só em pensar)
Foi bom
Foi muito bom
Que saudades daquela água
Que saudades de te ter aqui
Nem sei porque tive esse sonho
Talvez pela transparência,
pela temperatura,
pela tranquilidade,
que todo aquele mar nos transmitia
(tão bom)
É precisamente assim que te sinto
quando estou contigo
Transparente,
temperatura sempre no máximo
e muito
muito tranquilo
Transmites-me tudo o que preciso de sentir
Para além do amor que me dás
apimentado com uma grande dose de loucura
Porque tu és assim...
como o mar das Caraíbas

27.Junho.2006

terça-feira, maio 30, 2006

Sozinha

Sinto um barulho ensurdecedor
no silêncio que por vezes me envolve
À noite é quando custa mais
Rebolo na cama vezes sem conta
ao mesmo tempo que ligo e desligo a TV
um sem número de vezes
E não consigo dormir
À noite,
é quando sinto mais a tua ausência
É quando me apercebo realmente da falta que me fazes
Como não estou tão atarefada
tenho tempo de sobra para não parar de pensar em ti
À noite,
sozinha na cama,
abro os olhos no meio da escuridão
para tentar apagar a tua imagem por instantes
Mas não consigo
É só a ti que vejo quando as minhas pálpebras se fecham
em mais uma tentativa frustrada para tentar adormecer
E sofro
Sofro porque não te tenho ao pé de mim
Sofro por ver o teu lugar na cama vazio
Sofro porque não te sinto abraçado ao meu braço
Sofro porque não tenho as tuas pernas entrelaçadas nas minhas
Sofro porque não ouço os teus dentinhos ranger
logo após adormeceres
Enfim,
Sofro porque te amo loucamente
e não consigo viver sem ti

29. Maio. 2006
1h50m

Apaga-me este fogo

Ontem acordei com vontade de te sentir
com desejo de te ter só para mim
O dia passou
a ânsia não me deixou
Queria tanto abraçar-te
tocar-te
beijar-te
amar-te
E queria que me fizesses tua
O calor que se fazia sentir em nada ajudou
Se lá fora falavam em vaga de calor
Dentro de mim sentia o termómetro a atingir o limite
Sentia-me quase a explodir
A arder de desejo de ti
e não te tinha
Adormeci
mas fui assaltada por sonhos
que nos envolviam em sexo selvagem e desenfreado
Agora, desperta,
resta-me esperar
que voltes
e me apagues este fogo
que teima em consumir-me

29. Maio. 2006

terça-feira, maio 09, 2006

Já sinto a tua falta


Tenho fome do teu corpo
Tenho sede do teu néctar
Ainda não foste
e já sinto a tua falta…
Todos os dias
guardo em mim um pedaço de ti
Assim, quando fores,
posso matar as saudades
com os pedacinhos que fui juntando
Basta fechar os olhos
e tenho a certeza que consigo
Se sentir com muita vontade
Se desejar com muita força
Consigo sentir-te em mim
Consigo perder-me contigo
Consigo inalar o teu cheiro
Consigo degustar a tua pele
Consigo até ver-te
Ver-te sorrir para mim
Ver-te piscar-me um olho
enquanto devagarinho me fazes tua
com aquela cara de malandro
(que só tu sabes fazer)
quando me persegues debaixo dos lençóis
(por entre avanços e recuos)
numa busca incessante
- de algo que estou sempre desejosa por te oferecer
Vai…
mas volta depressa

09.Maio.2006

segunda-feira, abril 03, 2006

Pacto


No meio do nada apareceste tu
(como num passo de magia)
Por entre as trevas mostraste-me a luz
(como o sol que reaparece depois de uma tempestade)
Com a tua complacência deste-me a conhecer um novo mundo
(como um recém-nascido que desperta para a vida)
A tua perseverança fez-me acreditar em sonhos
(como uma flor que desabrocha no meio do deserto)
Com o teu afecto alcancei a harmonia
(como as ondas do mar quando enrolam na areia)
Da inerência da nossa união acabou por nascer um pacto
(como os pássaros que migram, mas sabem que têm apenas um lar…
onde acabam sempre por voltar)


03.Abril.2006

quarta-feira, março 22, 2006

Calado


Gosto de te ver respirar...
De te observar deitado na cama
calado
sem proferir uma única palavra
Às vezes, dizes muitas asneiras
Às vezes, prefiro não te ouvir
apenas ver-te
a respirar
calado
sem emitir um único som
Apenas quero ouvir o som da tua respiração
E no silêncio consegues dizer tudo
até consegues dizer que gostas de mim
aliás, que me amas
que gostas de estar comigo
(mesmo que o digas muitas vezes em voz alta)
Mas, ao ver-te, assim
deitado
calado
tudo parece mais verdadeiro
mais sentido
mais próximo
mais nosso
um momento só nosso
em que estamos os dois calados


22.Março.2006

terça-feira, janeiro 24, 2006

Uma tela para a posteridade


Deitada no sofá espero por ti.
Enquanto não vens, distraio-me com a televisão.
De repente, um barulho… Tiro o som e… nada.
Afinal, não és tu.
Procuro continuar a distrair-me.
Sinto a chave entrar da fechadura e a porta a abrir… És tu!
Corro para os teus braços.
Sei que vens cansado mas mesmo assim salto para o teu colo. Abraças-me, beijas-me e dizes que gostas de mim, que tiveste saudades minhas.
Retribuo e confesso que não consigo viver sem ti. Chego mesmo a sugerir que larguemos tudo, que esqueçamos os compromissos e vivamos apenas um para o outro (uma alucinação momentânea).
Passados os segundos de insanidade, regressa a lucidez, e rimo-nos dos disparates que estou sempre a dizer.
Paramos de rir e, em silêncio, fitamo-nos mutuamente.
Sem proferir uma única palavra ambos sabemos o que queremos naquele momento, o que paira nas nossas cabeças.
Num abrir e fechar de olhos enrolamo-nos no chão, depois de devorarmos a boca um do outro, entre línguas entrelaçadas, saliva e suor à mistura.
Temos fome um do outro e saciamo-nos à medida que o tempo passa, tempo esse que é sempre curto, que nunca chega para nada.
Maldito tempo!
Em poucos minutos recuperamos o ritmo cardíaco normal e voltamos a fitar-nos.
Mas, desta vez, não é o desejo que invade os nossos olhares. É a ternura, a harmonia, a felicidade de estarmos juntos, unidos para sempre, nus, deitados no chão, como numa tela…
Uma tela de um pintor famoso a quem, depois de morto, lhe foi reconhecido o trabalho de uma vida e exposto perante os olhares mais atentos e curiosos.
Assim somos nós, uma tela, que ficará para a posteridade…


09.Agosto.2005

Esta noite sou só tua



Esta noite vou ser tua
Vou fechar os olhos
E deixar-te tocar-me
Quero sentir a tua barba
roçar nas minhas nádegas
e arrepiar-me com os teus beijos molhados
e a tua língua atrevida
(enquanto as tuas mãos percorrem o resto do meu corpo)
Esta noite sou só tua
Como sempre…
Todos os dias
Todas as noites
Vou deitar-me
(no sofá)
E esperar
por ti…


09.Agosto.2005

Ainda te sinto


Fecho os olhos
Espero um pouco
Não estás, mas ainda te sinto
Sinto o teu cheiro
Sinto o teu toque
Sinto a tua boca
a percorrer o meu corpo escaldante,
quente,
ardente de desejo
por ti…
ansioso pelos teus abraços
ansioso pelos teus beijos
ansioso por ti…
Só por ti!


09.Agosto.2005

Como só tu sabes fazer


Não gosto de estar sozinha
Não gosto de estar sem ti
Quero-te sempre perto de mim
bem juntinho...
A sussurrar-me ao ouvido
“palavras que me beijam como se tivessem boca”
(como só tu sabes fazer)
A percorrer o meu corpo com os teus dedos
(como só tu sabes fazer)
A degustar as minhas entranhas com a tua língua
(como só tu sabes fazer)
A possuir-me e a levar-me à loucura
(como só tu sabes fazer)
AMA-ME
(como só tu sabes fazer)


20.Março.2005

Já não te odeio

Já não te odeio
Apenas de desprezo
Sinto pena de ti…
por ti…
por seres como és…


15.Janeiro.2005
(02h00m)

Às vezes é bom não ouvir


Às vezes é bom não ouvir
e só sentir
Sentir as tuas mãos a percorrerem o meu corpo
a explorarem cada centímetro da minha pele
a violarem o meu espaço
de uma forma consentida
Às vezes é bom não ouvir
e só sentir
Sentir a tua boca dentro da minha
as nossas línguas entrelaçadas
e a saliva misturada
a nossa respiração inconstante e arfante
e os olhos ardentes de desejo
Às vezes é bom não ouvir
e só sentir
apenas sentir…


23.Janeiro.2005
(20h15m)

Toma conta de mim


Anda…
Vem…
Toma conta de mim
Dá-me o teu colo
Aperta-me com força
Protege-me nos teus braços
Faz-me sentir segura
Dá-me confiança
Ama-me…
com sinceridade


22.Janeiro.2005

Tenho medo de te ver



Tento dormir e não consigo
Tenho medo de fechar os olhos
Tenho medo de te ver
porque já não te tenho
e não te posso ter
Não quero que invadas o meu sono
para não ter que acordar
para não ter que ver que já não te tenho
que já não és meu
que já não me pertences
Vou tentar dormir…
mas vou manter os olhos abertos
para não ser assaltada por ti
Não quero…


14.Janeiro.2005
(01h20m)

Não devias



Prometeste-me o mundo
E ofereceste-me o caos
Deixaste-me acreditar
que serias meu para sempre
Entreguei-te o meu corpo
Entreguei-te a minha alma
Fizeste-me feliz
mas acabaste por me destruir
Destruíste-me por dentro
sem o mínimo remorso
com a maior das friezas
sem pensar na minha dor
Mataste-me por dentro
Usurpaste-me a alegria de viver
Não devias…
Não tinhas esse direito…
Mas não o voltas a fazer…
Jamais!!!


14.Janeiro.2005
(01h10m)

Perdida



Procuro-te e não te encontro
Fugiste…
Expulsaste-me…
Deixaste-me só e desprotegida
Desnorteada e sem rumo
Num mundo cruel
Onde só os mais fortes sobrevivem
E, eu, sem forças…
vou trilhar com dificuldade
um novo caminho
um novo percurso
uma nova vida
Longe de ti
longe dos teus beijos
longe da tua vida
Perdida…
Completamente perdida


14.Janeiro.2005
(00h15m)

Não te perdoo



Destruíste-me por dentro
Deixaste-me só,
desamparada
e sem a mínima compaixão
Do céu desci ao inferno
sem qualquer justificação
Violaste a minha alma
Trespassaste o meu coração
Capaste a minha essência
Trocaste-me…
Odiei-te com todas as minhas forças
Queria-te tanto…
Desejava-te
Queria ficar contigo
Mas tu não quiseste
Não deixaste
Empurraste-me
para fora do teu mundo…
Foste cruel
Demasiado cruel
Entreguei-me por inteiro
Toda…
Sempre
Embriagada pelo teu cheiro
pelo teu toque
pelo teu sorriso
pelo teu ar de puto mimado
deixei-me levar
deixei-te possuir-me por inteiro
Toda… sem receio
E agora?
Desapareceu o cheiro
desapareceu o toque
desapareceu o sorriso
desapareceu tudo
Arrancaste-me a felicidade
Roubaste-ma
Não te perdoo…
Nunca!

14.Janeiro.2005
(00h05m)

Já não sou tua


Dei-me toda
e em troca…
acabei por não receber nada
Apenas um vazio ficou
Uma dor que me consome
e que me queima o peito
Não merecia
Tu não me merecias
Acabaste por prová-lo
e da pior forma
Uma forma que deixou marcas
marcas que não se apagam com o tempo
marcas que corroem tudo aquilo em que acreditava
e que tu deitaste por terra
Não venhas…
já não sou tua…
Agora queres ser meu amigo
mas eu não deixo…
Quero expulsar-te da minha vida
Quero paz
Quero força
Quero coragem
Coragem para manter a cabeça erguida
Coragem para sobreviver
Coragem para voltar a amar
e deixar-me amar
Tu não me mereceste
Mas há quem me mereça
Disso tenho a certeza absoluta
Digas o que disseres
Faças o que fizeres
Não te quero
Deixa-me
Larga-me
Definitivamente…

13.Janeiro.2005
(23h45m)

sábado, dezembro 10, 2005

FELIZ NATAL, Wild Rose!


Para Viver um Grande Amor

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.
Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.
Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.
Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?
Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.
É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Carta de Amor


Amor...
Libertaste-me do abismo em que estava encurralada, e onde vivia perseguida pela ideia de nunca encontrar alguém como tu.
Agora que te conheci concluo que afinal os dias não são cinzentos e que a vida pode sorrir-nos.
Tu és o sorriso da minha vida, tu és o sol que ilumina e aquece os meus dias, tu és a brisa que bate no meu peito, me enche os pulmões de ar, e me faz respirar, mantendo-me assim viva, viva para ti.
Sim, porque sem ti reconheço que não sou ninguém.
Fizeste de mim uma pessoa melhor, abriste-me os olhos, e agora consigo ver um mundo diferente, onde as pessoas afinal podem amar-se e ser felizes para sempre.
É assim que eu vejo a minha vida contigo: numa casa à beira-mar, cheia de crianças (as nossas e as dos outros) e, mais tarde, já velhinhos, sentados no nosso banco de jardim, a contar aos nossos netos como fomos felizes, e como construímos o nosso amor.
É por isso que dia após dia vale a pena viver, porque te tenho a meu lado.
Amo-te...
De mim.... para ti...

Fevereiro.2002

A solidão incomoda-me

Não consigo dormir. Este silêncio mata-me.
Só penso em ti, e sinto falta de te ouvir ressonar.
Estendo o meu braço e não te sinto, olho para o lado e não te vejo.
Sinto a tua falta.
Queria-te ao meu lado e tu não estás.
Não vieste, quando disseste que vinhas hoje para conversarmos.
Mas tu não apareceste. Nem sequer ligaste.
Estava preocupada contigo e liguei.
Já não aguentava mais.
Disseste que só vinhas amanhã.
Levantei-me e acendi um cigarro.
Fumar manteve-me acordada durante algum tempo. E depois?
Já sei que me espera uma noite de insónia. E quem sabe de choro.
A solidão incomoda-me. Preferia estar contigo. Preferia estar bem contigo.
Amanhã quero que tudo se resolva, para que este desassossego me deixe em paz.
Sei que tu também estás mal, mas acho que juntos podemos resolver aquilo que ficou pendente.
Quero dizer-te tudo o que sinto por ti e o que representas para mim.
Mas não sei se vou conseguir.
O orgulho impede-me de o fazer. E a mágoa também.
As horas não passam e eu queria dormir. Estou cansada.
Vou tentar.
Amanhã é outro dia, e quem sabe um dia melhor.
Um dia em que vamos dormir juntos, abraçados, sentindo a tua respiração no meu pescoço e o teu coração a bater contra as minhas costas.
Até amanhã amor...
Vem depressa que estou à tua espera.

19.Junho.2000 (01h45m)

A tua indiferença revolta-me


O que aconteceu para estarmos assim?
Sinto-me só por não te ter ao pé de mim, e, no entanto, mais confusa do que nunca.
Chamo por ti, mas sinto que finges não me ouvir.
Por vezes não te percebo.
Tanto mostras que eu não te interesso minimamente, como de repente ficas furioso com tudo o que faço.
Será que não percebes que eu só quero a tua atenção? Tudo o que faço é centrado em ti, é para ti que eu faço, é para ter a tua atenção.
Mas tu não compreendes isso. Vives demasiado para ti (pelo menos é isso que demonstras) ou tens medo de te dedicar aos outros? Tens medo de sofrer?
Sabes uma coisa? Mais vale sofrer por ter amado, do que sofrer por nunca ter amado.
Eu sei que tu já sofreste por ter amado. Mas isso é passado, e é como passado que tens de encarar. Eu sou o teu presente (e quem sabe o teu futuro?).
Tens que deixar de misturar as coisas e separá-las como já devias ter feito há muito. Só assim poderás ser feliz.
Eu também já sofri... e muito.
Tu é que pensas que és o centro do Universo, e maior sofredor do que tu não há.
Mas enganas-te.
Eu que pensava que a vida era um mar de rosas, descobri a verdade da pior maneira possível. Sofri e pensei que não ia recuperar nunca.
Mas recuperei. O mundo dá muitas voltas e, apesar de até agora só ter tido dissabores na minha vida amorosa, encontrei-te e gostava que as coisas resultassem entre nós.
Sinto a tua falta. Queria ter-te ao pé de mim, para te pedir desculpa.
Eu sei que agi mal (embora não me lembre muito bem do que aconteceu), e que disse muita coisa que não devia.
Mas acho que o que te disse era o que estava a sentir, embora não por aquelas palavras. As palavras foram mal empregues, mas o sentimento era verdadeiro.
A tua indiferença para comigo revolta-me. Podes não te aperceber, mas é verdade...
Às vezes és tão insensível que me deixas de rastos.
Eu sei que tu precisas de atenção, mas eu também preciso. E é isso que muitas vezes tu não compreendes e só olhas para ti, para as tuas necessidades.
Não sei se estou a ser injusta, e até posso estar a ser. Mas isto é o que tu demonstras.
Gostava que as coisas fossem diferentes...
Eu sei que ninguém é perfeito e que não há relações perfeitas. Mas só depende de nós torná-la o mais próxima possível da perfeição.
E gostava que me ajudasses a perceber-te. Por vezes, fechas-te tanto que é impossível alcançar-te e compreender o que se passa contigo.
Ajuda-me, abre-te um pouco mais. Eu só quero a tua felicidade, e, se for ao meu lado, melhor.
Pensa nisto, ok?

18.Junho.2000 (domingo à tarde)

Mas tu não

O mundo pode ignorar-me, mas tu não.
Quando me vês nunca fazes uma festa, tratas-me como se fosse uma coisa banal.
E eu, quando te vejo, sou invadida por uma explosão de alegria, e só tenho vontade de saltar para o teu colo e beijar-te.
Mas tu não deixas. Crias uma barreira entre nós. E eu não a consigo transpor.
Quando estás perto, sinto-te longe.
É como se o teu corpo estivesse ali, ao pé de mim, mas tu não.
Pareces-me distante. Dás-me a entender que não é ali que queres estar.
O mundo pode ignorar-me, mas tu não.
Só te sinto bem juntinho a mim, quando me fazes tua e entras em mim como um cachorrinho perdido que procura carinho e atenção.
Adoro quando me olhas e me sorris; e nos intervalos da tua respiração arfante me mostras a língua como um puto endiabrado, e me lambes, mostrando o teu lado infantil.
Tens medo de quê?
Ajuda-me a desvendar-te e a perceber-te. Abre-te a mim sem receio.
Eu só quero ser tua, e que tu sejas meu.
O mundo pode ignorar-me, mas tu não.

17.Abril.2000

Porque adoro-te
















Adoro quando me beijas
Adoro quando me agarras
Adoro quando me prendes a ti
Adoro-te
Adoro quando me provocas
Adoro quando respiras no meu ombro
Adoro quando seguras a minha mão
Adoro-te
Adoro quando me olhas
Adoro quando me lambes
Adoro quando me sorris
Adoro-te
Adoro quando avanças e recuas
Adoro quando me entrelaças nas tuas pernas
Adoro quando me apertas num nó cego
Adoro-te
Adoro quando me levas à loucura
Adoro quando me comprimes nos teus braços
Adoro quando te refugias no meu peito
Adoro-te
Adoro fazer amor contigo
Porquê?
Porque adoro-te

23.Março.2000

Sou tua

Quero-te
Preciso de ti
Aproxima-te
Mexe comigo
Susurra forte
Morde-me na orelha
Belisca-me
Entra fundo
O meu corpo chama por ti
Avança que eu não recuo
Possui-me
Perde-te dentro de mim
Penetra a minha alma
Sou tua
Apodera-te do meu ser
Faz-me tocar as estrelas
Leva-me às nuvens
Como só tu sabes fazer
Respira na minha boca
Geme no meu ouvido
LIberta-te nas minhas entranhas
Desfalece nos meus braços
Repousa no meu peito
Abraça-me
Não me acordes para a realidade
Não vás
Não me deixes
Fica... comigo
Para sempre

23.Março.2000

Entrega-te por inteiro




Vem falar-me
Tocar-me ao sabor do vento
Embriagar-te no meu cheiro
Levar-me com o pensamento
Esquece tudo à tua volta
O teu tempo só a mim pertence
Entrega-te por inteiro
No meu corpo incandescente
Transformados num só
Caminhamos lado a lado
Inebriados pela paixão
Na loucura como pecado

23.Março.2000

O meu corpo que te pertence


Sinto uma dor no peito
Que não me deixa respirar
Vejo uma imagem ofuscante
Que não me deixa raciocinar.
A dor que me consome
É um sentimento que teima em crescer
A imagem que me ofusca
És tu, que me conseguiste prender.
Vem, sou tua
Possui-me para sempre
Entrega-te à loucura
No meu corpo que te pertence.

14.Março.2000

Uma ilusão?


Quero-te
Não te posso ter
Não sei se devo
Amor não é
Paixão talvez
Uma ilusão?
Não sei
Tenho medo
O risco é grande
Se estou preparada?
Também não sei
É cedo para saber
E tu?
Queres-me?
Estás preparado para mim?
Não sei
São muitas as dúvidas
Entre nós há uma barreira
Estou confusa
Carente também
Quero paz
Quero carinho
Quero certezas
Quero compreensão
Quero amizade
Quero viver
Quero ser feliz
Não peço mais
Ou será pedir muito?

21.Nov.99 (03h30m)

Entrego-me nesse leito


Observo-te bem de perto
Afogo-me nesse teu olhar
Leio os teus pensamentos incertos
Sinto um suave murmurar
Navego nas entrelinhas
Por entre sonhos e emoções
Faço das tuas vontades as minhas
Incorporadas nos nossos corações
Refresco a minha boca quente
Nesses teus lábios apetecíveis
Que me seduzem e onde se sente
Os teus desejos mais credíveis
Encostas-me a ti de rompante
Fazendo-me sentir a tua respiração
Descubro no teu corpo escaldante
Os segredos da tua agitação
Mergulho no teu peito
Sinto na tua língua o ardor
Entrego-me nesse leito
Onde me possuis com amor.

01.Agosto.97 (02h50m)

Highway of happiness

Sometimes I wish
I could reach the sky
And see through the clouds
A picture of you and I
Together all the time
On the highway of happiness
Together as one
'Cause our love is endless


21.Maio.97

Para sempre

Amor não é dizer
Amor não é falar
Amor é reconhecer
Que contigo quero ficar.
(Para sempre)

Fazer do teu corpo uma aventura



Amar-te é tocar-te
Fazer do teu corpo uma aventura
É beijar-te e acariciar-te
É descobrir um mundo de loucura
É fazer dos teus braços um precipício
Onde só eu quero cair
Do teu peito as chamas
Cujo calor quero sentir
Em ti me quero queimar
E contigo quero derreter
Para juntos experimentar
A paixão, a sedução e o prazer.

15.Abril.97 (22h40m)

Até a morte nos separar



Encontrei uma folha caída
Nela decifrei o teu rosto
Estavas triste e desamparado
Deixa-me ser o teu encosto.
Refugia-te no meu peito
Apoia-te sem temor
Protejo-te das incertezas
Esclareço-te com amor.
Envolvo-te nos meus braços
Para jamais te largar
Acaricio-te com ternura
Para que possas delirar.
Transformar-nos-emos num só
Caminharemos sem hesitar
Unidos para sempre
Até a morte nos separar.

29.Janeiro.97

Possui-me com ardor


Afaga-me nos teus braços
Não me libertes jamais
Leva-me a navegar
Por mundos virtuais
Inunda-me de carinho
Possui-me com ardor
Liberta-me do passado
Mata-me com amor
Penetra a minha alma
Enlouquece-me com paixão
Crava o teu nome
Dentro do meu coração
Combate os meus fantasmas
Afoga-me no teu olhar
Embriaga-me na tua boca
Não me deixes acordar
Entrego-te a minha essência
Sou tua até morrer
Quero-te eternamente
Só não te quero perder

16.Dezembro.96

Companheiro ideal











"Eu queria um Ferrari amarelo"
Sim, julgo já ter ouvido isso por aí
Eu apenas quero viver amando
E recuperar o que um dia perdi.
Quero sonhar e alcançar as estrelas
Sem ter que me mover um milímetro do chão
Quero percorrer a estrada da alegria
E preencher o vazio que inunda o meu coração.
Não, não o pretendo fazer sozinha
Pois, para tal, necessito de alguém
Que me dê segurança e me escolte
Nesta Terra de ninguém.
Quero unir as minhas mãos
Levantá-las para o Céu e bem alto gritar:
«Leva-me contigo, para um mundo sem dúvidas,
Sem saudade, onde nos possamos sempre amar».
Quero-te junto a mim eternamente
Pois, quando to disse, não menti
Tu és o companheiro ideal
E, a teu lado, a vida sorri.
Sorri, porque me sinto afortunada
Sinto-me realizada e intocável
Sinto que valeu a pena esperar
Por alguém tão amigo e afável.
Contigo, tudo é verdadeiro e transparente
Pois, já não sei o que é sofrer
Por mim, é para sempre
E querer é poder.

12.Dezembro.96 (21H23m)

Sombra



Estava a dormir um sono leve e profundo...
Ouvi um barulho estranho, abri os olhos e não vi ninguém. Estava sozinha.
No entanto, o barulho estranho que me despertara anteriormente permanecia. Levantei-me e resolvi descobrir a sua origem.
Reparei que à minha volta tudo estava diferente. O local onde adormecera não era o mesmo onde acordara. Parecia tudo tão exótico e misterioso, o que serviu de estímulo para continuar a minha busca.
À medida que caminhava aproximava-me do meu objectivo. De repento, vejo uma sombra. Fiquei estática e, ao mesmo tempo, senti uma suave brisa bater no meu rosto como se se tratasse de alguém que me susurrava algo excitante e indecente. Um arrepio percorreu todo o meu corpo.
O barulho que ouvira inicialmente quando dormia foi levado pelo vento e apenas a sombra misteriosa preenchia o meu pensamento. Estava decidida a decifrar aquele mistério.
Voltei-me e reparei que a sombra mudara de lugar. Parecia um vulto, um vulto masculino. Fechei os olhos e voltei a sentir o mesmo perfume irresistível que me seduzia incessantemente.
Era impossível controlar-me e já não respondia pelos meus actos.
Apenas queria descobrir quem estava por trás daquela sombra.
Encontrava-me cada vez mais perto. Aproximei-me e... senti um arrepio gelado e desagradável. Estava na praia quando adormeci e uma onda inconveniente acordou-me, deixando-me completamente molhada.
Que revolta!
Afinal, tudo não passara de um sonho, um mero sonho.
E eu que estava quase a desvendar aquele mistério que tanto me envolvera e estimulara...

03.Julho.96

Vazio Fatal


Sinto o meu coração apertado
Inundado com uma dor infernal
Sinto a minha mente pesada
Repleta de um vazio fatal
Sinto que estou sem forças
Para poder sequer reagir
Sinto-me perdida no mundo
Sem sequer poder fugir
Sinto que estou sem rumo
E desejosa por o encontrar
Sinto inevitáveis necessidades
E um desejo louco de amar.

06.Maio.96