sábado, dezembro 10, 2005

A tua indiferença revolta-me


O que aconteceu para estarmos assim?
Sinto-me só por não te ter ao pé de mim, e, no entanto, mais confusa do que nunca.
Chamo por ti, mas sinto que finges não me ouvir.
Por vezes não te percebo.
Tanto mostras que eu não te interesso minimamente, como de repente ficas furioso com tudo o que faço.
Será que não percebes que eu só quero a tua atenção? Tudo o que faço é centrado em ti, é para ti que eu faço, é para ter a tua atenção.
Mas tu não compreendes isso. Vives demasiado para ti (pelo menos é isso que demonstras) ou tens medo de te dedicar aos outros? Tens medo de sofrer?
Sabes uma coisa? Mais vale sofrer por ter amado, do que sofrer por nunca ter amado.
Eu sei que tu já sofreste por ter amado. Mas isso é passado, e é como passado que tens de encarar. Eu sou o teu presente (e quem sabe o teu futuro?).
Tens que deixar de misturar as coisas e separá-las como já devias ter feito há muito. Só assim poderás ser feliz.
Eu também já sofri... e muito.
Tu é que pensas que és o centro do Universo, e maior sofredor do que tu não há.
Mas enganas-te.
Eu que pensava que a vida era um mar de rosas, descobri a verdade da pior maneira possível. Sofri e pensei que não ia recuperar nunca.
Mas recuperei. O mundo dá muitas voltas e, apesar de até agora só ter tido dissabores na minha vida amorosa, encontrei-te e gostava que as coisas resultassem entre nós.
Sinto a tua falta. Queria ter-te ao pé de mim, para te pedir desculpa.
Eu sei que agi mal (embora não me lembre muito bem do que aconteceu), e que disse muita coisa que não devia.
Mas acho que o que te disse era o que estava a sentir, embora não por aquelas palavras. As palavras foram mal empregues, mas o sentimento era verdadeiro.
A tua indiferença para comigo revolta-me. Podes não te aperceber, mas é verdade...
Às vezes és tão insensível que me deixas de rastos.
Eu sei que tu precisas de atenção, mas eu também preciso. E é isso que muitas vezes tu não compreendes e só olhas para ti, para as tuas necessidades.
Não sei se estou a ser injusta, e até posso estar a ser. Mas isto é o que tu demonstras.
Gostava que as coisas fossem diferentes...
Eu sei que ninguém é perfeito e que não há relações perfeitas. Mas só depende de nós torná-la o mais próxima possível da perfeição.
E gostava que me ajudasses a perceber-te. Por vezes, fechas-te tanto que é impossível alcançar-te e compreender o que se passa contigo.
Ajuda-me, abre-te um pouco mais. Eu só quero a tua felicidade, e, se for ao meu lado, melhor.
Pensa nisto, ok?

18.Junho.2000 (domingo à tarde)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

lindo é como me sinto.................

8/8/08 2:34 da tarde  

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