sábado, dezembro 10, 2005

A solidão incomoda-me

Não consigo dormir. Este silêncio mata-me.
Só penso em ti, e sinto falta de te ouvir ressonar.
Estendo o meu braço e não te sinto, olho para o lado e não te vejo.
Sinto a tua falta.
Queria-te ao meu lado e tu não estás.
Não vieste, quando disseste que vinhas hoje para conversarmos.
Mas tu não apareceste. Nem sequer ligaste.
Estava preocupada contigo e liguei.
Já não aguentava mais.
Disseste que só vinhas amanhã.
Levantei-me e acendi um cigarro.
Fumar manteve-me acordada durante algum tempo. E depois?
Já sei que me espera uma noite de insónia. E quem sabe de choro.
A solidão incomoda-me. Preferia estar contigo. Preferia estar bem contigo.
Amanhã quero que tudo se resolva, para que este desassossego me deixe em paz.
Sei que tu também estás mal, mas acho que juntos podemos resolver aquilo que ficou pendente.
Quero dizer-te tudo o que sinto por ti e o que representas para mim.
Mas não sei se vou conseguir.
O orgulho impede-me de o fazer. E a mágoa também.
As horas não passam e eu queria dormir. Estou cansada.
Vou tentar.
Amanhã é outro dia, e quem sabe um dia melhor.
Um dia em que vamos dormir juntos, abraçados, sentindo a tua respiração no meu pescoço e o teu coração a bater contra as minhas costas.
Até amanhã amor...
Vem depressa que estou à tua espera.

19.Junho.2000 (01h45m)