sábado, dezembro 10, 2005

FELIZ NATAL, Wild Rose!


Para Viver um Grande Amor

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.
Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.
Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.
Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?
Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.
É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Carta de Amor


Amor...
Libertaste-me do abismo em que estava encurralada, e onde vivia perseguida pela ideia de nunca encontrar alguém como tu.
Agora que te conheci concluo que afinal os dias não são cinzentos e que a vida pode sorrir-nos.
Tu és o sorriso da minha vida, tu és o sol que ilumina e aquece os meus dias, tu és a brisa que bate no meu peito, me enche os pulmões de ar, e me faz respirar, mantendo-me assim viva, viva para ti.
Sim, porque sem ti reconheço que não sou ninguém.
Fizeste de mim uma pessoa melhor, abriste-me os olhos, e agora consigo ver um mundo diferente, onde as pessoas afinal podem amar-se e ser felizes para sempre.
É assim que eu vejo a minha vida contigo: numa casa à beira-mar, cheia de crianças (as nossas e as dos outros) e, mais tarde, já velhinhos, sentados no nosso banco de jardim, a contar aos nossos netos como fomos felizes, e como construímos o nosso amor.
É por isso que dia após dia vale a pena viver, porque te tenho a meu lado.
Amo-te...
De mim.... para ti...

Fevereiro.2002

A solidão incomoda-me

Não consigo dormir. Este silêncio mata-me.
Só penso em ti, e sinto falta de te ouvir ressonar.
Estendo o meu braço e não te sinto, olho para o lado e não te vejo.
Sinto a tua falta.
Queria-te ao meu lado e tu não estás.
Não vieste, quando disseste que vinhas hoje para conversarmos.
Mas tu não apareceste. Nem sequer ligaste.
Estava preocupada contigo e liguei.
Já não aguentava mais.
Disseste que só vinhas amanhã.
Levantei-me e acendi um cigarro.
Fumar manteve-me acordada durante algum tempo. E depois?
Já sei que me espera uma noite de insónia. E quem sabe de choro.
A solidão incomoda-me. Preferia estar contigo. Preferia estar bem contigo.
Amanhã quero que tudo se resolva, para que este desassossego me deixe em paz.
Sei que tu também estás mal, mas acho que juntos podemos resolver aquilo que ficou pendente.
Quero dizer-te tudo o que sinto por ti e o que representas para mim.
Mas não sei se vou conseguir.
O orgulho impede-me de o fazer. E a mágoa também.
As horas não passam e eu queria dormir. Estou cansada.
Vou tentar.
Amanhã é outro dia, e quem sabe um dia melhor.
Um dia em que vamos dormir juntos, abraçados, sentindo a tua respiração no meu pescoço e o teu coração a bater contra as minhas costas.
Até amanhã amor...
Vem depressa que estou à tua espera.

19.Junho.2000 (01h45m)

A tua indiferença revolta-me


O que aconteceu para estarmos assim?
Sinto-me só por não te ter ao pé de mim, e, no entanto, mais confusa do que nunca.
Chamo por ti, mas sinto que finges não me ouvir.
Por vezes não te percebo.
Tanto mostras que eu não te interesso minimamente, como de repente ficas furioso com tudo o que faço.
Será que não percebes que eu só quero a tua atenção? Tudo o que faço é centrado em ti, é para ti que eu faço, é para ter a tua atenção.
Mas tu não compreendes isso. Vives demasiado para ti (pelo menos é isso que demonstras) ou tens medo de te dedicar aos outros? Tens medo de sofrer?
Sabes uma coisa? Mais vale sofrer por ter amado, do que sofrer por nunca ter amado.
Eu sei que tu já sofreste por ter amado. Mas isso é passado, e é como passado que tens de encarar. Eu sou o teu presente (e quem sabe o teu futuro?).
Tens que deixar de misturar as coisas e separá-las como já devias ter feito há muito. Só assim poderás ser feliz.
Eu também já sofri... e muito.
Tu é que pensas que és o centro do Universo, e maior sofredor do que tu não há.
Mas enganas-te.
Eu que pensava que a vida era um mar de rosas, descobri a verdade da pior maneira possível. Sofri e pensei que não ia recuperar nunca.
Mas recuperei. O mundo dá muitas voltas e, apesar de até agora só ter tido dissabores na minha vida amorosa, encontrei-te e gostava que as coisas resultassem entre nós.
Sinto a tua falta. Queria ter-te ao pé de mim, para te pedir desculpa.
Eu sei que agi mal (embora não me lembre muito bem do que aconteceu), e que disse muita coisa que não devia.
Mas acho que o que te disse era o que estava a sentir, embora não por aquelas palavras. As palavras foram mal empregues, mas o sentimento era verdadeiro.
A tua indiferença para comigo revolta-me. Podes não te aperceber, mas é verdade...
Às vezes és tão insensível que me deixas de rastos.
Eu sei que tu precisas de atenção, mas eu também preciso. E é isso que muitas vezes tu não compreendes e só olhas para ti, para as tuas necessidades.
Não sei se estou a ser injusta, e até posso estar a ser. Mas isto é o que tu demonstras.
Gostava que as coisas fossem diferentes...
Eu sei que ninguém é perfeito e que não há relações perfeitas. Mas só depende de nós torná-la o mais próxima possível da perfeição.
E gostava que me ajudasses a perceber-te. Por vezes, fechas-te tanto que é impossível alcançar-te e compreender o que se passa contigo.
Ajuda-me, abre-te um pouco mais. Eu só quero a tua felicidade, e, se for ao meu lado, melhor.
Pensa nisto, ok?

18.Junho.2000 (domingo à tarde)

Mas tu não

O mundo pode ignorar-me, mas tu não.
Quando me vês nunca fazes uma festa, tratas-me como se fosse uma coisa banal.
E eu, quando te vejo, sou invadida por uma explosão de alegria, e só tenho vontade de saltar para o teu colo e beijar-te.
Mas tu não deixas. Crias uma barreira entre nós. E eu não a consigo transpor.
Quando estás perto, sinto-te longe.
É como se o teu corpo estivesse ali, ao pé de mim, mas tu não.
Pareces-me distante. Dás-me a entender que não é ali que queres estar.
O mundo pode ignorar-me, mas tu não.
Só te sinto bem juntinho a mim, quando me fazes tua e entras em mim como um cachorrinho perdido que procura carinho e atenção.
Adoro quando me olhas e me sorris; e nos intervalos da tua respiração arfante me mostras a língua como um puto endiabrado, e me lambes, mostrando o teu lado infantil.
Tens medo de quê?
Ajuda-me a desvendar-te e a perceber-te. Abre-te a mim sem receio.
Eu só quero ser tua, e que tu sejas meu.
O mundo pode ignorar-me, mas tu não.

17.Abril.2000

Porque adoro-te
















Adoro quando me beijas
Adoro quando me agarras
Adoro quando me prendes a ti
Adoro-te
Adoro quando me provocas
Adoro quando respiras no meu ombro
Adoro quando seguras a minha mão
Adoro-te
Adoro quando me olhas
Adoro quando me lambes
Adoro quando me sorris
Adoro-te
Adoro quando avanças e recuas
Adoro quando me entrelaças nas tuas pernas
Adoro quando me apertas num nó cego
Adoro-te
Adoro quando me levas à loucura
Adoro quando me comprimes nos teus braços
Adoro quando te refugias no meu peito
Adoro-te
Adoro fazer amor contigo
Porquê?
Porque adoro-te

23.Março.2000

Sou tua

Quero-te
Preciso de ti
Aproxima-te
Mexe comigo
Susurra forte
Morde-me na orelha
Belisca-me
Entra fundo
O meu corpo chama por ti
Avança que eu não recuo
Possui-me
Perde-te dentro de mim
Penetra a minha alma
Sou tua
Apodera-te do meu ser
Faz-me tocar as estrelas
Leva-me às nuvens
Como só tu sabes fazer
Respira na minha boca
Geme no meu ouvido
LIberta-te nas minhas entranhas
Desfalece nos meus braços
Repousa no meu peito
Abraça-me
Não me acordes para a realidade
Não vás
Não me deixes
Fica... comigo
Para sempre

23.Março.2000

Entrega-te por inteiro




Vem falar-me
Tocar-me ao sabor do vento
Embriagar-te no meu cheiro
Levar-me com o pensamento
Esquece tudo à tua volta
O teu tempo só a mim pertence
Entrega-te por inteiro
No meu corpo incandescente
Transformados num só
Caminhamos lado a lado
Inebriados pela paixão
Na loucura como pecado

23.Março.2000

O meu corpo que te pertence


Sinto uma dor no peito
Que não me deixa respirar
Vejo uma imagem ofuscante
Que não me deixa raciocinar.
A dor que me consome
É um sentimento que teima em crescer
A imagem que me ofusca
És tu, que me conseguiste prender.
Vem, sou tua
Possui-me para sempre
Entrega-te à loucura
No meu corpo que te pertence.

14.Março.2000

Uma ilusão?


Quero-te
Não te posso ter
Não sei se devo
Amor não é
Paixão talvez
Uma ilusão?
Não sei
Tenho medo
O risco é grande
Se estou preparada?
Também não sei
É cedo para saber
E tu?
Queres-me?
Estás preparado para mim?
Não sei
São muitas as dúvidas
Entre nós há uma barreira
Estou confusa
Carente também
Quero paz
Quero carinho
Quero certezas
Quero compreensão
Quero amizade
Quero viver
Quero ser feliz
Não peço mais
Ou será pedir muito?

21.Nov.99 (03h30m)

Entrego-me nesse leito


Observo-te bem de perto
Afogo-me nesse teu olhar
Leio os teus pensamentos incertos
Sinto um suave murmurar
Navego nas entrelinhas
Por entre sonhos e emoções
Faço das tuas vontades as minhas
Incorporadas nos nossos corações
Refresco a minha boca quente
Nesses teus lábios apetecíveis
Que me seduzem e onde se sente
Os teus desejos mais credíveis
Encostas-me a ti de rompante
Fazendo-me sentir a tua respiração
Descubro no teu corpo escaldante
Os segredos da tua agitação
Mergulho no teu peito
Sinto na tua língua o ardor
Entrego-me nesse leito
Onde me possuis com amor.

01.Agosto.97 (02h50m)

Highway of happiness

Sometimes I wish
I could reach the sky
And see through the clouds
A picture of you and I
Together all the time
On the highway of happiness
Together as one
'Cause our love is endless


21.Maio.97

Para sempre

Amor não é dizer
Amor não é falar
Amor é reconhecer
Que contigo quero ficar.
(Para sempre)

Fazer do teu corpo uma aventura



Amar-te é tocar-te
Fazer do teu corpo uma aventura
É beijar-te e acariciar-te
É descobrir um mundo de loucura
É fazer dos teus braços um precipício
Onde só eu quero cair
Do teu peito as chamas
Cujo calor quero sentir
Em ti me quero queimar
E contigo quero derreter
Para juntos experimentar
A paixão, a sedução e o prazer.

15.Abril.97 (22h40m)

Até a morte nos separar



Encontrei uma folha caída
Nela decifrei o teu rosto
Estavas triste e desamparado
Deixa-me ser o teu encosto.
Refugia-te no meu peito
Apoia-te sem temor
Protejo-te das incertezas
Esclareço-te com amor.
Envolvo-te nos meus braços
Para jamais te largar
Acaricio-te com ternura
Para que possas delirar.
Transformar-nos-emos num só
Caminharemos sem hesitar
Unidos para sempre
Até a morte nos separar.

29.Janeiro.97

Possui-me com ardor


Afaga-me nos teus braços
Não me libertes jamais
Leva-me a navegar
Por mundos virtuais
Inunda-me de carinho
Possui-me com ardor
Liberta-me do passado
Mata-me com amor
Penetra a minha alma
Enlouquece-me com paixão
Crava o teu nome
Dentro do meu coração
Combate os meus fantasmas
Afoga-me no teu olhar
Embriaga-me na tua boca
Não me deixes acordar
Entrego-te a minha essência
Sou tua até morrer
Quero-te eternamente
Só não te quero perder

16.Dezembro.96

Companheiro ideal











"Eu queria um Ferrari amarelo"
Sim, julgo já ter ouvido isso por aí
Eu apenas quero viver amando
E recuperar o que um dia perdi.
Quero sonhar e alcançar as estrelas
Sem ter que me mover um milímetro do chão
Quero percorrer a estrada da alegria
E preencher o vazio que inunda o meu coração.
Não, não o pretendo fazer sozinha
Pois, para tal, necessito de alguém
Que me dê segurança e me escolte
Nesta Terra de ninguém.
Quero unir as minhas mãos
Levantá-las para o Céu e bem alto gritar:
«Leva-me contigo, para um mundo sem dúvidas,
Sem saudade, onde nos possamos sempre amar».
Quero-te junto a mim eternamente
Pois, quando to disse, não menti
Tu és o companheiro ideal
E, a teu lado, a vida sorri.
Sorri, porque me sinto afortunada
Sinto-me realizada e intocável
Sinto que valeu a pena esperar
Por alguém tão amigo e afável.
Contigo, tudo é verdadeiro e transparente
Pois, já não sei o que é sofrer
Por mim, é para sempre
E querer é poder.

12.Dezembro.96 (21H23m)

Sombra



Estava a dormir um sono leve e profundo...
Ouvi um barulho estranho, abri os olhos e não vi ninguém. Estava sozinha.
No entanto, o barulho estranho que me despertara anteriormente permanecia. Levantei-me e resolvi descobrir a sua origem.
Reparei que à minha volta tudo estava diferente. O local onde adormecera não era o mesmo onde acordara. Parecia tudo tão exótico e misterioso, o que serviu de estímulo para continuar a minha busca.
À medida que caminhava aproximava-me do meu objectivo. De repento, vejo uma sombra. Fiquei estática e, ao mesmo tempo, senti uma suave brisa bater no meu rosto como se se tratasse de alguém que me susurrava algo excitante e indecente. Um arrepio percorreu todo o meu corpo.
O barulho que ouvira inicialmente quando dormia foi levado pelo vento e apenas a sombra misteriosa preenchia o meu pensamento. Estava decidida a decifrar aquele mistério.
Voltei-me e reparei que a sombra mudara de lugar. Parecia um vulto, um vulto masculino. Fechei os olhos e voltei a sentir o mesmo perfume irresistível que me seduzia incessantemente.
Era impossível controlar-me e já não respondia pelos meus actos.
Apenas queria descobrir quem estava por trás daquela sombra.
Encontrava-me cada vez mais perto. Aproximei-me e... senti um arrepio gelado e desagradável. Estava na praia quando adormeci e uma onda inconveniente acordou-me, deixando-me completamente molhada.
Que revolta!
Afinal, tudo não passara de um sonho, um mero sonho.
E eu que estava quase a desvendar aquele mistério que tanto me envolvera e estimulara...

03.Julho.96

Vazio Fatal


Sinto o meu coração apertado
Inundado com uma dor infernal
Sinto a minha mente pesada
Repleta de um vazio fatal
Sinto que estou sem forças
Para poder sequer reagir
Sinto-me perdida no mundo
Sem sequer poder fugir
Sinto que estou sem rumo
E desejosa por o encontrar
Sinto inevitáveis necessidades
E um desejo louco de amar.

06.Maio.96