quinta-feira, março 22, 2007

Na devassidão da noite

Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Inverno
Os corpos frios que rapidamente se aquecem
Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Primavera
Em que o calor desponta
e os corpos não se querem descolar
Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Verão
Os corpos escaldantes, suados, escorregadios
Adoro sentir-te encostado a mim
Numa noite de Outono
Em que o frio recomeça
E os corpos se enrolam um no outro
reiniciando um ciclo vicioso
de abraços e apertos
de beijos e gemidos
num cenário de devassidão
tendo a noite como testemunha
Março.2007